Bancos reduzem em 13 mil os postos de trabalho, mas seguem lucrando bilhões
Bancos reduzem em 13 mil os postos de trabalho, mas seguem lucrando bilhões
Mesmo com lucros bilionários em meio à maior crise sanitária, social e econômica mundial das últimas décadas, os bancos seguem com a política de redução dos quadros funcionais. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de março de 2020 a fevereiro deste ano, mais de 13 mil bancários foram demitidos.
Em fevereiro de 2021, a categoria bancária contava com 470.014 trabalhadores. Em fevereiro do ano passado, somava 483.085 bancários. Desde o começo da pandemia, maio foi o único mês em que as admissões foram maiores que as demissões, quando 167 postos de trabalho foram abertos.
A categoria bancária do DF também sofreu redução. Em fevereiro de 2020, o número total de trabalhadores do setor era 22.484, reduzidos a 22.310 em fevereiro deste ano. As ampliações dos postos de trabalho em abril e junho de 2020 e janeiro de 2021 não foram suficientes para equilibrar o quadro.
Para o presidente do Sindicato, Kleytton Morais, os dados do Novo Caged, analisados pelo Dieese Subseção Bancários-DF, revelam a incoerência do sistema financeiro nas entrelinhas.
“A conta não fecha. No momento mais delicado para os trabalhadores brasileiros, os bancos seguem lucrando bilhões de reais, reduzem o número de bancários, prejudicando o atendimento à população durante a pandemia. A diminuição dos postos de trabalhos, além de contradizer o discurso de responsabilidade social dos bancos, também significa desrespeito aos acordos, com reflexo no aumento do desemprego e da sobrecarga de trabalho para quem fica”, lembra Kleytton.
Confira a análise do Dieese: